O presidente do Peru, Pedro Castillo, instituiu um governo de exceção no país, anunciou a dissolução do Parlamento e a convocação de novas eleições, mas acabou preso nesta quarta-feira (7).
Ainda nesta tarde, o congresso do Peru aprovou pedido de impeachment contra o presidente do país, Pedro Castillo, que empossará a vice-presidente Dina Boluarte, às 15h, no horário local. Castillo respondia ao terceiro processo de impeachment em um ano e meio de poder.
Ele declarou o estado de emergência e impôs um toque de recolher em todo o país horas antes do julgamento do impeachment. Mesmo com o anúncio da dissolução do Congresso, os deputados decidiram votar o impeachment.
A Corte Constitucional (Suprema Corte) do Peru chamou o ato de golpe de Estado e pediu que a vice-presidente do país, Dina Boluarte, assuma a presidência – há algumas semanas, Boluarte rompeu com Castillo.
Em pronunciamento na TV aberta, o líder peruano disse ter tomado a decisão de impor um “governo de exceção para restabelecer o estado de direito e a democracia”, e anunciou ainda que governará por decreto temporariamente.
A atitude de Pedro tem base na Constituição do país, que diz que “O Presidente da República tem o poder de dissolver o Congresso se este tiver censurado ou negado sua confiança a dois gabinetes”. Com isso, ele se baseou nos outros dois processos de impeachment ocorridos.