Em depoimento, ex-presidente afirma que post foi publicado por engano e assim que foi comunicado, apagou o conteúdo
Advogados de defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) informaram que o ex-mandatário disse nesta quarta-feira (26) a investigadores da Polícia Federal (PF) que publicou por engano em uma rede social um vídeo repassado que questionava a lisura das urnas eletrônicas. O conteúdo será enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), onde o inquérito sobre os atos golpistas deve ser julgado.
A publicação foi feita na noite de 10 de janeiro, quando Bolsonaro teve alta hospitalar em Orlando, onde estava internado desde o dia anterior, após sentir desconfortos intestinais. O post contém um trecho de uma entrevista de Felipe Gimenez, procurador de Mato Grosso do Sul (MS). A origem do vídeo é Maria Leal, que se diz moradora de Vitória da Conquista (BA) e se diz apoiadora de Bolsonaro.
Segundo a defesa, o ex-presidente teria recebido o vídeo e queria armazená-lo para assistir mais tarde, mas o acabou postando por engano. Bolsonaro não teria se dado conta que realizou postagem, que acabou removida por auxiliares em seguida.
O ex-presidente depôs por cerca de duas horas no âmbito da investigação que apura os ataques golpistas de 8 de janeiro. O inquérito busca os autores intelectuais da investida golpista que desaguou na invasão e depredação de Palácio do Planalto, do Congresso e do STF.
Bolsonaro permaneceu na sede da PF, em Brasília, das 8h45 às 11h20.