O Ministério Público do Amazonas (MP-AM) por meio do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) com apoio da Polícia Federal (PF), deflagram na manhã desta terça-feira (29), a Operação Comboio.
A operação tem como objetivo, investigar servidores públicos que integravam a cúpula da Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM), por crimes como corrupção ativa, lavagem de dinheiro, peculato e tráfico de drogas.
Durante a ação que foram realizada em dois municípios do Amazonas e em São Paulo, um servidor da Segurança Pública do Amazonas foi preso e outros três prestaram depoimento por posse irregular de arma de fogo.
O procurador-Geral de Justiça, Alberto Rodrigues do Nascimento Júnior, informou que as investigações correm em segredo de justiça, mas que o secretário de segurança o general Carlos Alberto Mansur pode estar entre os investigados.
Segundo o superintendente da Polícia Federal no Amazonas, Umberto Ramos, foram cumpridos 16 mandados de busca e apreensão. “Foi apreendido farto material e a partir da análise as investigações seguirão até a instauração da ação penal”, disse o superintendente.
O promotor de Justiça Igor Starling Peixoto disse que os investigados se “aproveitavam do conhecimento que tinham do sistema de segurança pública para cometer os crimes”.
Os investigados faziam diligências para se apropriar de produtos ilícitos de organizações criminosas, se utilizando do aparato do estado para isso. “Havia uso de viaturas do sistema de segurança pública”, afirmou Igor Starling.
Mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Manaus, Apuí e no Estado de São Paulo. Em Manaus, foram vasculhados gabinetes dos dirigentes da SSP-AM, além das casas de alguns dos envolvidos em alguns condomínios e bairros de Manaus.
Nenhum policial foi preso durante a ação da Polícia Federal e a maioria dos investigados foram depor voluntariamente. As investigações devem continuar.