A festa de Halloween comemora-se todos os anos na passagem do dia 31 de outubro para o 1º de novembro. É um momento tão central na cultura dos EUA quanto o Carnaval aqui, uma celebração exportada para todo o mundo, irritando nacionalistas.
O Halloween tem sua origem no Samhain, uma festa celta que marcava o fim da colheita e o começo do inverno e que durava toda a noite. Acreditava-se que durante essa noite a fronteira entre o nosso mundo e o outro mundo, o dos mortos, podia ser cruzada, que fadas e os espíritos dos que foram tinham ao nosso mundo.
Alimentos eram deixados para os fantasmas que porventura visitassem suas antigas casas e famílias. Grandes fogueiras eram acesas onde eram feitos sacrifícios animais. Druidas buscavam adivinhar o futuro.
O Dia de Todos os Mártires
Em 609 d.C., o papa Bonifácio IV dedicou um panteão em Roma à honra dos mártires cristãos, dando início à comemoração do Dia de Todos os Mártires. No século 8, o papa Gregório III designou o dia 1º de novembro como Dia de Todos os Santos e Mártires.
A partir do século 9, com a cristianização das regiões celtas já virtualmente completa, o Samhain e o Dia de Todos os Santos acabaram se fundindo, criando o Halloween. O nome inglês vem de All Hallows’ Even (noite de todos os santos).
A rogada proteção dos deuses virou a dos santos. Agora contra as bruxas, que aproveitavam o tal portal do outro mundo para se encontrarem com seu mestre. Durante o Samhain celta era comum que pessoas vestissem fantasias ou se disfarçassem, buscando comida pelas casas das cidades em que viviam, costume esse que acabou sobrevivendo e se tornando o ponto culminante.
A partir da primeira metade do século 19, com a imigração em massa de irlandeses fugindo da fome em sua terra natal, a tradição celta se implantou nos EUA.