O Tribunal Provincial de Barcelona divulgou, na manhã desta quinta-feira (22), a sentença do jogador Daniel Alves, que foi condenado a 4 anos e 6 meses de prisão por estuprar uma mulher de 24 anos, na boate Sutton, em Barcelona, na noite de 30 de dezembro de 2022.
Além disso, ele terá de cumprir ainda mais cinco anos em liberdade vigiada e pagará uma indenização de 150 mil euros (cerca de R$ 804 mil), e deverá arcar com as custas do processo.
Julgamento
A decisão ainda é passível de recurso no Tribunal da Catalunha ou no Tribunal Supremo, a última instância do sistema judiciário espanhol.
O julgamento de Daniel Alves ocorreu entre os dias 5 e 7 de fevereiro. No total, 19 testemunhas foram ouvidas, entre policiais, funcionários da boate, a vítima e pessoas próximas aos envolvidos.
O primeiro dia do julgamento teve o depoimento da mulher que acusa Daniel Alves. Ela teve a identidade protegida por um biombo para não ter contato visual com o jogador e preservar sua identidade. A fala durou 1h30min, e ela reafirmou ter sido violentada.
No terceiro dia, em depoimento, Daniel Alves voltou a corroborar a tese de que estava embriagado. Esta afirmação, na verdade, foi apenas a última das cinco versões apresentadas pela defesa do atleta.
Na ocasião, a juíza Isabel Delgado Pérez recomendou nove anos de prisão e indenização de 150 mil euros. A advogada de acusação, Estér García, pediu 12 anos de prisão.
Inés Guardiola, advogada de Daniel Alves, pediu a absolvição, sustentando sua defesa no fato de que o ato teria sido consentido e que o jogador estaria embriagado. Inés também sugeriu que, em caso de prisão, esta seja de, no máximo, um ano.