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Polícia resgata seis venezuelanos em condição de escravidão e apreende 20 toneladas de alimentos estragados em frigorífico no Mauazinho

O homem identificado como sendo Eloir Paulo Pauchner, de 56 anos, foi preso nesta terça-feira (14), ao manter cerca de seis pessoas de origem venezuelanas, em condições análogas à escravidão em seu frigorífico localizado no bairro do Mauazinho, zona Leste da capital. No galpão, ainda foram apreendidos 20 toneladas de produtos impróprios para o consumo.

De acordo com informações da polícia civil, informações sobre a suspeita de venda de produtos vencidos para estabelecimentos nas zonas Sul e Leste de Manaus, chegaram na delegacia e a equipe do 1º Distrito Integrado de Polícia (Dip), comandada pelo delegado Cícero Túlio, que passou a monitorar as entregas desses produtos vencidos em grandes supermercados.

Então a equipe da polícia civil conseguiu localizar o galpão que era utilizado para armazenar os produtos fora de validade. No momento em que a polícia fazia campana no local, funcionários de empresas próximos procuraram a delegacia para denunciar que no local, havia um grupo de pessoas que eram mantidas como escravas pelo dono do frigorífico.

“Decidimos por declarar a operação no momento da entrada naquele galpão frigorífico. Foram efetivamente constatados que aqueles trabalhadores estavam em condições análogas à de escravos (…) Eles estavam trancafiados e sequer havia banheiro para que pudessem realizar suas necessidades, que eram feitas dentro daquele galpão frigorífico”, disse o delegado.

Os venezuelanos eram mantidos no local sem comida, água potável e local adequado para fazer suas necessidades, que eram realizadas no mesmo local de armazenamento de alimentos. As vítimas tinha o trabalho de adulterar as datas de validade dos produtos impróprios para o consumo, que estavam vencidos.

No local, foram encontrados cerca de 20 toneladas de produtos estragados, impróprios ao consumo humano e o gerente do local que acabou preso. Ele recebia o produto com a desculpa de que faria o descarte do material, obrigava os venezuelanos a reetiquetar a validade do produto adulterando para fazer parecer novo, e revendia para grandes supermercados como se fosse tudo dentro da lei.

O homem vai responder por crimes trabalho análogo à escravidão, corrupção, falsificação, adulteração de substâncias e alimentos entre outros crimes. O caso deve continuar a ser investigado para saber se outros empresários não estão envolvidos no crime.