O presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) Carlos Baigorri, desmentiu o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), ao afirmar que a parceria entre ele e o empresário bilionário Elon Musk de levar internet a escolas na Amazônia, não saiu do papel.
Segundo a reportagem do Jornal The New York Times, o bilionário se aproximou de políticos de extrema direita para conseguir expandir seus negócios pelo mundo. Em 2022, Musk e Jair Bolsonaro anunciaram uma parceria entre o Governo Brasileiro e a Starlink, para a instalação de satélites de monitoramento na Amazônia, para o monitoramento de focos de queimadas e desmatamento e consequentemente, levar internet à escolas isoladas de regiões rurais da Amazônia.
Em janeiro de 2022, a Anatel deu aval para a Starlink operar satélites de órbita baixa no Brasil, para assim beneficiar cerca de 19 mil escolas que estariam desconectadas da web, levando internet de ótima qualidade para essas localidades. Na época, a imprensa brasileira cobrou a apresentação de documentos que comprovassem a parceria, mas não foram apresentados contratos, divulgados valores para o acordo e não havia dados sobre como essa parceria seria viabilizada nem quais contrapartidas exigiria.
Agora o jornal americano trás informações de autoridades brasileiras, de que não houve registro da empresa de satélites ter conectado qualquer escola na região ou conduzindo o monitoramento ambiental como prometido. “Eu realmente não acredito que isso sequer existisse”, disse Carlos Baigorri, presidente da Anatel.
O empresário usou suas empresas para apoiar abertamente políticos da extrema direita pelo mundo, como Bolsonaro, o presidente da Argentina, Javier Milei, e o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, e em contrapartida, Musk conseguiu expandir seus negócios e montar seu “império empresarial”.