São Paulo e Vasco já decidiram um Campeonato Brasileiro em 1989 dentro do Morumbi. Naquela ocasião, os cariocas levaram o título com uma vitória por 1 a 0. Depois de 31 anos, as equipes estão novamente no mesmo palco, neste domingo (22) às 16h (horário de Brasília), para partida válida pela 22ª rodada da mesma competição, já conquistada cinco vezes por são paulinos e quatro vezes pelos vascaínos.Agora, quem parece mais perto de reconquistar as glórias do passado é a equipe do treinador Fernando Diniz, classificada para as semifinais da Copa do Brasil e perto da liderança do Brasileirão, mesmo com três jogos a menos que os principais adversários. Do outro lado, o técnico português Ricardo Sá Pinto, além do fantasma do rebaixamento, precisa encontrar 11 titulares em meio a 11 baixas provocadas pelo novo coronavírus (covid-19).
Um time de desfalques
“Já somos poucos, imagina quando perdemos. Não é fácil gerir isso tudo. Esse campeonato não tem sido muito justo para algumas equipes, não só para minha. É torcer para que voltem rápido porque precisamos deles”, disse o técnico do Vasco, Sá Pinto, logo após o empate em 0 a 0 com Fortaleza na última quinta (19), em São Januário. Naquela oportunidade, ele não sabia ainda que não poderia contar com o goleiro Fernando Miguel, o zagueiro Werley e o atacante Talles Magno. Formado na base e com 19 anos, Lucão deve ser o arqueiro titular neste domingo. No ataque, os vascaínos apostarão na velocidade do colombiano Gustavo Torres e na precisão dentro da grande área do argentino Germán Cano, que já marcou nove gols no campeonato.
Otimismo tricolor
No Centro de Treinamento da Barra Funda o clima é de otimismo e tranquilidade. Na última quarta (18), o São Paulo derrotou o Flamengo por 3 a 0 e carimbou o passaporte para a semifinal da Copa do Brasil contra o Grêmio. A boa fase também se repete no Brasileirão. O Tricolor Paulista tem o melhor aproveitamento do torneio com 66,7% dos pontos disputados. Em 18 jogos, foram 10 vitórias, 6 empates e apenas duas derrotas. Diante do Vasco, Fernando Diniz deve mandar o que tem de melhor. “Poupar é uma questão relativa. Não vemos o jogador apenas dentro de um viés biológico. Ainda temos coisas para melhorar e há um grande rival pela frente. É trabalhar bem para seguir bem nas duas competições”, declarou o treinador, sem desfalques por contusão ou por covid.