O Clube de Regatas do Flamengo arrematou o Terreno do Gasômetro durante um leilão nesta quarta-feira (31) no auditório do prédio da Prefeitura, na Cidade Nova, região central do Rio, onde será construído um estádio para o time.
Na segunda (29), o conselho do Flamengo tinha aprovado a participação do clube na disputa. A prefeitura do Rio deu início ao leilão do Terreno do Gasômetro às 14h30. O vice-presidente de Futebol do Flamengo, e também vereador Marcos Braz, estava presente.
Na hora do credenciamento, apenas o Flamengo apresentou documentos, representados pelo presidente Rodolfo Landim. Em seguida, o time apresentou a proposta de pagamento, às 14h45. A proposta foi aprovada e homologada pelo prefeito Eduardo Paes, que foi recebido com euforia.
É relevante destacar que o lance mínimo para os 88,3 mil metros quadrados de terreno era de R$ 138 milhões.
Briga na justiça
A realização do leilão dependeu da autorização da Presidência do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF 2). Isso porque, no dia anterior, a Caixa Econômica Federal havia entrado com um recurso para tentar impedir a realização do evento.
Inicialmente, o recurso foi acatado, porém, o TRF 2 revogou a liminar ainda na manhã de hoje e o leilão ocorreu conforme programado. No entanto, espera-se que a Caixa Econômica e a União continuem buscando maneiras de recorrer para suspender os possíveis efeitos do leilão.
As exigências do edital
O pagamento deve ser à vista e em dinheiro, em uma conta a ser informada pelo município, e terá que ser feito em até cinco dias após a publicação do resultado do leilão.
O edital pede ainda a construção de um estádio com o mínimo de 70 mil lugares e estabelece uma série de diretrizes a serem cumpridas pelos interessados, como:
- um plano de mobilidade urbana que privilegie o uso de transporte coletivo e acesso por pedestres;
- áreas temáticas ao redor do estádio, como museus interativos e zonas de jogos;
- calçadas largas e acessíveis;
- ciclovias que conectem o estádio a áreas residenciais e comerciais próximas;
- um projeto de estacionamento suficiente, preferencialmente subterrâneo ou em edifício-garagem;
- além disso, o projeto, obrigatoriamente, deve considerar o acesso de veículos de transporte individual de passageiros pelas ruas internas do bairro de São Cristóvão, sendo vedado o acesso desses veículos pela Avenida Francisco Bicalho.