A Polícia Federal (PF) executa na manhã desta sexta-feira (20) mandados de busca e apreensão expedidos pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes. Entre os alvos estão o deputado federal Otoni de Paula (PSC-RJ) e o cantor Sérgio Reis.
Os mandatos atendem a pedido da Procuradoria Geral da República (PGR), que investiga manifestações contra as instituições. Segundo a PF, os mandados estão sendo cumpridos no Distrito Federal (1) e nos Estados de Santa Catarina (6), São Paulo (2), Rio de Janeiro (1), Mato Grosso (1), Ceará (1) e Paraná (1).
“O objetivo das medidas é apurar o eventual cometimento do crime de incitar a população, através das redes sociais, a praticar atos violentos e ameaçadores contra a Democracia, o Estado de Direito e suas Instituições, bem como contra os membros dos Poderes”, declarou a PF, em nota.
No domingo (15), Sérgio Reis divulgou áudio afirmando que organizará um movimento em 8 de setembro para dar um “ultimato” no presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), e obrigá-lo a pautar o impeachment dos ministros do Supremo Roberto Barroso e Alexandre de Moraes.
O cantor disse que o país iria “parar” até a solicitação ser atendida. Depois do episódio, subprocuradores gerais pediram à PGR a abertura de uma investigação a respeito do caso. O caso envolvendo o deputado Otoni de Paula é de julho de 2020.
Ele foi denunciado pela PGR ao STF por supostos crimes de difamação, injúria e coação em vídeos com ofensas a Alexandre de Moraes. Nas imagens, o congressista critica o magistrado pela decisão que libertou o blogueiro Oswaldo Eustáquio, mas o proibiu de usar as redes sociais.
Otoni chama Moraes de, entre outras coisas, “lixo”, “tirano” e “canalha”. O deputado se desculpou e afirmou ter “extrapolado”.
Moraes é o relator do inquérito que investiga a organização e financiamento de atos com pautas antidemocráticas. Tanto o deputado quanto o blogueiro são investigados.
Com informações de Poder 360