O apresentador de televisão Fausto Silva, conhecido como “Faustão”, de 73 anos, deve passar por um transplante de coração, após apresentar um quadro de insuficiência cardíaca e, por isso, a cirurgia passou a ser indicada pela equipe que o acompanha no tratamento desde 2020.Faustão estava internado no Hospital Albert Einstein em São Paulo, desde o último dia 5 de agosto, e segundo o boletim médico divulgado neste domingo (20), já foi colocado na lista de espera para um transplante de coração pelo Serviço Único de Saúde (SUS).
“Fausto Silva já foi incluído na fila única de transplantes, regida pela Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, que leva em consideração, para definição da priorização, o tempo de espera, a tipagem sanguínea e a gravidade do caso”, detalha o comunicado.
Segundo a Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (Abto), entre janeiro e março deste ano, havia 310 pessoas na fila de transplante cardíaco. No período, foram realizados 97 transplantes de coração no país. Em 2022, foram 356. Os dados estão no Registro Brasileiro de Transplantes (RBT) mais recente. O documento da Abto é divulgado a cada três meses.
De acordo com a Abto, a taxa de transplante cardíaco no Brasil (1,8 pmp) aumentou 6% em relação ao ano passado (1,7 pmp), igual ao crescimento da taxa de doação, entretanto, ainda está 10% abaixo da previsão para o ano (2,0 pmp). O transplante de coração foi realizado em 11 Estados de quatro regiões, pois na região Norte são realizados apenas transplantes de rim e fígado, sendo que apenas no DF foram feitos mais de 20 transplantes cardíacos pmp.
Confira como funciona a espera por transplante
- O médico responsável precisa cadastrar o paciente na lista única de transplantes;
- A lista é gerida e organizada pela Secretaria Nacional de Transplantes, do Ministério da Saúde;
- A lista funciona por ordem cronológica de cadastro, ou seja, por ordem de chegada;
- Os pacientes que estão na fila são classificados de acordo com as orientações médicas;
- Entre os tópicos de classificação estão o órgão que o receptor precisa, o estágio de gravidade da doença e o tipo sanguíneo, entre outras especificações técnicas;
- A compatibilidade genética também é importante na decisão de quem receberá o órgão;
- Outro fator fundamental é a localização porque é preciso levar em conta o tempo de isquemia, que é o tempo de duração do órgão fora do corpo;
- O tempo de isquemia, inclusive, determina que se um carro ou avião será usado para o transplante, com custos arcados pelo SUS;
- Além das particularidades, entre os fatores de desempate estão a gravidade da doença e crianças, que são prioridade.