Jurados tiveram de ser tirados do plenário e juíza Elizabeth Machado Louro, da 2ª Vara Criminal do Rio, chamou a Polícia para conter um bate boca entre a ela e o o advogado Cláudio Dalledone, que trabalha no caso Henry Borel.
A confusão começou quando Dalledone, que representa o ex-vereador Jairinho, interrompeu os questionamentos da magistrada ao perito Leonardo Hubir Tauil, que assinou o laudo de necropsia do menino Henry Borel.
Na ocasião, a juíza rebateu que não seria o advogado que diria o que ela perguntaria ou não ao técnico.
“Se o senhor me interromper mais uma vez, o senhor vai ficar lá fora”, ameaçou. Ao que o advogado respondeu: “Isso a senhora não pode fazer. Não fico”. Ela, então, respondeu: “Então, o senhor chama a polícia lá para me prender”.
Ao fim da primeira etapa da audiência, a defesa do ex-parlamentar se pronunciou. “Flagrantemente, ela é suspeita de julgar esse caso. Emite opiniões pessoais, não respeita o advogado e está achando que a Justiça aqui é um faz de conta”, declarou Dalledone.
“Ela não pode tratar o advogado assim, isso é uma ofensa à toda advocacia. A juíza não está nos controles emocionais que se espera. CNJ está sendo notificado, assim como a OAB. Ela só irá me tirar da sala algemado e com voz de prisão”, disse o advogado aos jornalistas, durante a pausa da sessão, informando que protocolaria o pedido de suspeição da magistrada.
Outra discussão
Tauil estava dando depoimento e o advogado Cláudio Dalledone, que defende Jairinho, e o assistente de acusação Cristiano Medina da Rocha, que representa Laniel Borel, tiveram alguns desentendimentos.
Inicialmente, Rocha questionou Dalledone por pedir para o interrogado ler o laudo sobre a morte de Henry. “Isso é pergunta? Pedir para ele descrever o que tá escrito no laudo, ele tá aqui pra ficar lendo o laudo? Ele tem que fazer a pergunta”, afirmou o advogado.
Claudio respondeu a crítica e Cristiano retrucou dizendo: “Falo como eu quiser”, momento em que ambos se exaltaram e começaram a gritar um com o outro. “Abaixa o tom pra falar comigo, respeite a defesa”, gritou Dalledone.
Policiais militares e seguranças do plenário do tribunal precisaram intervir para que ambos não se aproximassem. A confusão teve direito a dedo na cara e os dois quase “saíram na porrada”.