O influencer Thiago Schutz, também conhecido como “Calvo do Campari” ou “Coach do Campari”, voltou a ser assunto na internet por causa de uma ameaça feita à atriz Lívia La Gatto. No chat privado da artista, Thiago pede para que ela retire do ar, em até 24 horas, o vídeo em que ela o satiriza, caso contrário ela deverá sofrer um processo ou levar um tiro.
Recentemente, um trecho de um podcast que Schutz participou viralizou. Nele, o coach conta sobre uma situação em que saiu com uma mulher e, enquanto bebia Campari, ela insistiu para que dividisse uma cerveja com ela. Revoltado, ele afirma que ela estava testando seus limites como homem e que não se renderia às suas vontades. No vídeo de La Gatto, ela zomba dos trejeitos do coach ao falar sobre mulheres.
Dica para as moças do site:
Se ele se veste desse jeito ou parecido com isso: fuja
Se ele tem esse sotaque: fuja
Se ele é paranoico e inseguro nessa intensidade: fuja
Se ele prefere Campari a cerveja: fuja
Parece bem óbvio mas não custa nada avisar
— convenhamos (@vegetacil) February 6, 2023
No Instagram, a atriz postou um print da conversa com Schutz em que ele ameaça sua integridade física e pede para que ela retire o conteúdo do ar em 24 horas. Como opções para a ameaça, ele afirma que, caso o pedido não surtisse efeito, ela responderia por um processo ou levaria tiros. “Você tem 24 horas para retirar seu conteúdo sobre mim. Depois disso, processo ou bala. Você escolhe”, escreveu ele na mensagem.
— Laila Abo Ganem (@LailaAboGanem) February 26, 2023
Ela não respondeu ao coach e ainda ironizou: “‘Tchurma’, o Guerreiro campa me ameaçou. Devo me preocupar?”. Após a publicação, ela bloqueou Schutz no Instagram e registrou um boletim de ocorrência.
O que é “red pill”?
O conteúdo produzido por Schutz é chamado de “red pill”, em referência ao filme “Matrix” (1999). Em analogia às pílulas recebidas pelo protagonista Neo (Keanu Reeves), uma azul – que significaria a permanência num mundo de ilusões – e a uma vermelha – que o levaria a ganhar consciência sobre a realidade –, o termo é conhecido em grupos masculinistas e faz parte do vocabulário da direita e da extrema-direita.
O grupo conhecido como “red pills” é composto por homens que dizem se opor ao “sistema que favorece as mulheres” por terem alcançado um conhecimento privilegiado sobre essas relações. Atualmente, o coach, que também é palestrante, apresentador e escritor, chega a cobrar até R$ 2.500 por uma consultoria para homens que se consideram membros do grupo masculinista.
As irmãs Wachowski, diretoras do filme “Matrix”, já chegaram a confrontar figuras públicas como Ivanka Trump, Elon Musk e Abraham Weintraub pelo uso do termo “red pill” num contexto de políticas de extrema-direita. Lilly e Lana Wachowski são mulheres transgênero e trabalham com ativismo pela causa trans.