A promotora de justiça, Carla Freury de Souza, criticou nesta quarta-feira (31), a remuneração dos membros do Ministério Público que giram em torno de mais de R$ 37 mil, durante uma sessão do Ministério Público de Goiás (MP-GO). No vídeo, a promotora diz dar “graças a Deus pelo marido ser independente”.
“Eu não mantenho a minha casa. O meu dinheiro é só para eu fazer as minhas vaidades, graças a Deus. Só para os meus brincos, pulseiras e meus sapatos”, disse a procuradora.
Filha de um promotor, Carla Freury disse que foi criada com “sacrifício”, afirmando que os vencimentos dos profissionais de início de carreira não acompanham a inflação.
“Tenho dó dos promotores que estão iniciando a carreira, eles deverão arcar com um alto custo de vida”, concluiu Carla Freury.
O último concurso para promotor substituto do Ministério Público de Goiás indica que a remuneração inicial do cargo é de R$ 28.884,20.
Carla Freury ingressou no MP de Goiás em 1992 e já atuou em cinco promotorias no Estado.
De acordo com o Portal da Transparência do Ministério Público, o salário base de um promotor de justiça é de R$ 33.600,87, no entanto, no mês de março, por exemplo, Carla recebeu R$ 58.487,35 líquido, contando com adicionais pagos em seu contracheque.
Em nota pública, o MP disse que “trata-se de declaração de cunho pessoal, que não representa o pensamento da instituição”.