Uma assembleia-geral do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Coletivos Urbano e Rodoviários de Manaus e Região Metropolitana, ocorreu nesta quinta-feira (10), onde os trabalhadores votaram por uma possível paralisação total por tempo indeterminado.
De acordo com o presidente do Sindicato Givancir Oliveira, o Sindicato tentou um acordo com as empresas do transporte coletivo, mas existe insatisfações na categoria, por tentar extinguir a função de cobrador nos ônibus.
A paralisação está marcada para a próxima segunda-feira (14), onde os motoristas e cobradores cruzariam os braços por tempo indeterminado. Givancir alertou as empresas que parariam 100% da frota, deixando Manaus sem transporte para conseguirem o que querem.
“Vou deixar claro para vocês: não iremos para trégua. Vamos parar cem por cento da cidade de Manaus”, disse o presidente do Sindicato.
A assembleia da categoria ocorre um dia após o Superior Tribunal de Justiça (STJ), suspender os efeitos da decisão liminar da Justiça do Amazonas que impediu o reajuste da tarifa de transporte coletivo de Manaus.
Nesta quinta-feira (10), durante a entrega de novos ônibus, o prefeito David Almeida (Avante), disse que pretende retirar o dinheiro em espécie dos ônibus, e os novos coletivos já estão vindo sem o assento do cobrador.
Mesmo com as ameaças de greve geral, de protestos pelo aumento da tarifa da passagem de ônibus em Manaus, David parece não se importar com o impacto de um possível colapso do sistema de transporte.
“É a modernidade chegando, e a gente precisa se adaptar a ela. Mas não queremos causar um caos social. Estamos buscando um denominador comum para que essas mudanças ocorram de forma gradativa”, disse.