O adolescente de 13 anos, que matou a professora Elisabeth Tenreiro, de 71 anos, e feriu mais cinco colegas a facadas nesta segunda-feira (27), Escola Estadual Thomazia Montoro, localizada na rua Doutor Adolfo Melo Júnior, na Vila Sônia, zona sul de São Paulo, era fã de um dos envolvidos no massacre de Suzano.
Segundo relatos de testemunhas, o adolescente apresentava comportamento agressivo e demonstrava fascinação pelo massacre em Suzano, quando Guilherme Taucci de Monteiro e seu comparsa, Luiz Henrique de Castro, invadiram a Escola Estadual Raul Brasil em março de 2019, matando oito pessoas e deixando mais de 20 feridos.
Em suas redes sociais, o adolescente utilizava o nome “Taucci” em seu perfil no Twitter como homenagem ao autor do massacre em Suzano, além de seguir a mesma estética de vestimenta, levanta suspeitas sobre uma possível ligação com o caso de Suzano.
As autoridades estão investigando a relação entre os dois episódios e não descartam a hipótese de que o adolescente tenha se inspirado no massacre anterior para cometer o ataque desta segunda-feira (27).
No celular do adolescente, foram encontradas informações de ataques em outras escolas no país, o que indica que o crime foi planejado. Colegas afirmam que o aluno tinha participado de uma briga na semana passada com outros estudantes.
Professora morta, separou briga
O jovem de 14 anos já havia chamado um colega de “macaco” e possui um histórico racista. Na semana passada, o mesmo havia chamado um outro aluno de “macaco”. A vítima foi a professora que apartou a briga. O caso levanta o questionamento se o autor deste atentado não frequenta fóruns de cunho neonazista.
Veja vídeo:
A professora Elisabeth Tenreiro, de 71 anos, foi atacada pelo adolescente pelas costas, com vários golpes na cabeça, não resistindo aos ferimentos e vindo a óbito.
Três professoras sendo uma de educação física identificada como Cíntia, conseguiu imobilizar o aluno que já teria atacado outros colegas. As imagens de segurança mostram o momento em que ela consegue segurar o adolescente.
“Foi um ato heroico de uma professora de educação física, professora Cíntia. Ela que imobilizou o agressor, que fez com que a arma branca fosse retirada dele. Se não fosse essa ação heroica da professora, certamente a tragédia teria sido muito maior”, disse Guilherme Derrite, secretário de Segurança Pública de São Paulo.