A operação Boca Raton deflagrada nesta sexta-feira (18) pelo Ministério Público do Estado do Amazonas (MPAM) por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), é resultado de uma investigação iniciada em 2019. Os investigadores tentam ligar pontos que levem à lavagem de dinheiro, peculato, tráfico de influência, corrupção ativa e passiva.
O caso, que segue em segredo de justiça, tenta provar a ligação de parentes da atual primeira-dama de Manaus, Elisabeth Valeiko, a propriedade de imóveis no Brasil e nos Estados Unidos, além de lojas, que vão de barbearia em um grande shopping de Manaus, à concessionária de veículos. Esse bens podem ter sido comprados com dinheiro de origem duvidosa, por isso, essa etapa da operação focou em documentos físicos e digitais recolhidos nos endereços dos alvos.
Entre os investigados estão Paola Valeiko, enteada do prefeito de Manaus, Arthur Neto (PSDB) seu esposo, Igor Gomes e o ex-marido de Elisabeth Valeiko, que supostamente teriam sido beneficiados pela influência exercida pela esposa do prefeito.
Lavagem de dinheiro
A operação Boca Raton, apura uma possível formação de organização criminosa, que teria praticado crimes de lavagem de dinheiro, peculato, tráfico de influência, corrupção ativa e passiva por pelo menos três anos, em Manaus.
Foram realizadas 20 buscas e apreensões domiciliares e 11 buscas pessoais. Foram recolhidos equipamentos eletrônicos e documentos. As diligências foram cumpridas com apoio da Polícia Civil do Amazonas. A operação foi coordenada pelos promotores Ednaldo Aquino Medeiros, Cláudio Sérgio Tanajura Sampaio e Luiz Alberto Dantas de Vasconcelos.