O Ministério Público do Amazonas (MPAM), por intermédio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), deflagrou, nas primeiras horas da manhã desta sexta-feira (18), a Operação Boca Raton, que tem o objetivo de cumprir 20 mandados de busca e apreensão e 11 mandados de buscas pessoais.
A operação faz parte de investigação sobre possível formação de organização voltada para prática de crimes de lavagem de dinheiro, peculato, tráfico de influência, corrupção ativa e passiva. Tratam-se de medidas cautelares complementares a outras diligências já realizadas no âmbito desta investigação, instaurada em novembro de 2019, e que reúne relatórios de Inteligência Financeira além de outras provas materiais colhidas durante a tramitação do processo investigatório criminal pertinente.
Foram recolhidos equipamentos eletrônicos, documentos, enfim, de uma forma geral material: probatório de interesse. As diligências foram cumpridas com apoio de 55 policiais civis, 15 servidores do MPAM, coordenadores por quatro Promotores de Justiça do GAECO.
As medidas foram deferidas pelo Poder Judiciário para serem cumpridas em segredo de justiça, o que impede este órgão de repassar maiores informações sobre o material recolhido durante as diligências e seus investigados, ou ainda sobre as razões e fundamentos.
Tão logo os objetivos do sigilo sejam alcançados e os resultados almejados sejam atingidos, o Ministério Público se manifestará pelo levantamento do sigilo para que os objetivos da persecução penal pública sejam também contemplados, com a devida publicidade e esclarecimento dos resultados e conclusões devidamente fundamentados, como deve ser toda atuação ministerial. Por enquanto, a eficiência das investigações são determinantes da manutenção excepcional e temporária do sigilo.