Após ameaças e convocação para atos golpistas que pedem intervenção militar e pedidos para impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no dia 1º de janeiro de 2023, o empresário bolsonarista Milton Baldin, foi preso na noite de terça-feira (6), quando participava de um ato golpista em frente a um quartel do Exército em Brasília.
A prisão realizada pela Polícia Federal em cumprimento a uma ordem expedida pelo Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Morais, tem como base, a suspeita é de que Milton Baldin seja um dos financiadores dos atos antidemocráticos na capital federal
Baldin foi levado para a sede da Polícia Federal em Brasília, onde prestou depoimento. O empresário que é do Mato Grosso, está em Brasília há várias semanas, onde lidera protestos que tentam impedir que o presidente eleito Lula tome posse.
No dia 26 ele convocou caçadores, atiradores e colecionadores (CAC’s), para participarem de um protesto durante a posse do petista, onde em um vídeo gravado, Baldin pede ainda que empresas mandem os seus caminhoneiros para os atos golpistas.
“Gostaria de pedir ao agronegócio, a todos empresários, que deem férias aos caminhoneiros e mandem os caminhoneiros vir para Brasília”, diz Baldin no vídeo. “São só 15 dias, não vai fazer diferença”, finaliza o empresário.
Na mesma publicação o bolsonarista pede a presença dos armados na capital. “Também queria pedir aos CACs, que têm armas legais…hoje nós somos, inclusive eu, 900 mil atiradores… venham aqui mostrar presença.”
A mensagem foi lida como uma ameaça à integridade física do presidente eleito e por isso, o ministro Alexandre de Morais expediu o pedido de prisão do empresário.
A segurança no dia da posse é uma preocupação e tem exigido um elaborado plano que envolve 700 policiais federais, um esquadrão antibomba, agentes à paisana e equipamentos que neutralizam o sinal de drones e impedem sobrevoos na área do evento.