Os blocos partidários indicam hoje (8) os nomes dos 17 deputados que vão compor a Comissão Especial Processante que vai avaliar a denúncia de crime de responsabilidade contra o governador Wilson Lima e o seu vice, Carlos Almeida Filho. É o início da contagem regressiva para o fim antecipado do Governo Wilson Lima, eleito com mais de 1 milhão de votos com o discurso do novo e pregando o fim da corrupção, mas que agora amarga rejeição recorde após uma série de escândalos de corrupção e de ser denunciado pelo Ministério Público Federal e Polícia Federal, como o líder de uma organização criminosa e ter seus bens bloqueados.
A oposição pode ficar com a maioria das indicações para comissão Especial Processante. Pelos cálculos preliminares a oposição pode ficar com nove membros e a base aliada do oito. O maior bloco, que reúne PRTB, PSL, Patriotas, PSDB e Republicanos terá cinco vagas na Comissão e serão escolhidos entre os deputados Fausto Junior, Delegado Péricles, Felipe Souza, Terezinha Ruiz e João Luiz. O segundo maior bloco (MDB, PTB, PSC e DEM) indicará três nomes entre os deputados Alessandra Campelo, Saullo Vianna, Dr. Gomes e Augusto Ferraz. O partido Progressistas terá duas vagas e serão preenchidas entre os deputados Belarmino Lins, Mayra Pinheiro e Álvaro Campelo. O PL terá uma vaga a ser preenchida por Joana Darc ou Cabo Maciel. O bloco PV/PSD também terá duas vagas a ser ocupada entre os deputados Roberto Cidade, Carlinhos Bessa e Ricardo Nicolau. O Podemos indicará dois nomes entre Wilker Barreto, Dermilson Chagas e Abdala Fraxe. E por fim o bloco PT/PSB/PDT com duas vagas a serem preenchidas entre os deputados Serafim Corrêa, Sinésio Campos e a Adjuto Afonso.
De forma equilibrada e tranquila, o presidente da assembleia Josué Neto conduziu a instalação do processo de impeachment e explicou que a partir da instalação da comissão, ficará totalmente distante das ações, cabendo aos outros parlamentares o desenvolvimento do trabalho, tendo em vista que no caso de cassação de Wilson, quem assumirá o governo será Josué Neto, que convocará eleições.
Após a definição dos 17 nomes, serão eleitos os deputados para presidir a comissão e o relator que vai elaborar o parecer que vai denunciar ou não Wilson Lima e Carlos Almeida Filho por crime de responsabilidade e indicar se devem perder o mandato e os direitos políticos por 8 anos, decisão final que caberá ao plenário. Será um processo longo para consolidar as provas das denúncias e dar ampla defesa aos acusados.
Pela sessão desta terça-feira (7) percebe-se que o apoio ao governador Wilson Lima está se desintegrando. Não houve reação ao parecer da Procuradoria da Aleam que considerou legal o prosseguimento do processo de impeachment e ainda foi derrotada a proposta de interesse do Governo de manter o recesso de julho. Por 14 votos a 7 os deputados decidiram seguir os trabalhos, sem interrupção até dezembro.
Joana Darc e Alessandra Campelo, as duas maiores defensoras do governador Wilson Lima, estão mais contidas. Joana Darc está literalmente muda e não esboça nenhuma defesa do governador.
Com informações de Portal Único