Uma pessoa de Brasília entrou na Câmara Municipal de Manaus (CMM), com um pedido de impeachment do prefeito David Almeida (Avante), por crimes de responsabilidade, no caso envolvendo a “Operação Dente de Marfim”, deflagrado pela Polícia Federal no início do ano.
No documento, a pessoa que se identifica como sendo José Geraldo Santos Oliveira Júnior e diz morar no Centro de Manaus, na Rua Marechal Deodoro no Centro de Manaus, pede o afastamento do prefeito do cargo, e que a justiça lhe deixe inelegível por cinco anos.
No pedido de impeachment, o autor destaca oito supostas irregularidades cometidas pela gestão de David Almeida, que teriam causado um dano ao erário público de cerca de R$ 1 bilhão de reais.
O documento protocolado na CMM, aponta uma possível ligação entre empresas que venceram licitações e indivíduos envolvidos em escândalos anteriores de corrupção e fraudes em contratos similares. Entre os exemplos de possíveis irregularidades citados no pedido, está uma a licitação para instalação de radares de velocidade, no valor de R$ 23 milhões.
Resposta do prefeito
O prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), deu uma entrevista a uma TV local, nessa sexta-feira (18), onde afirma acreditar em um arquivamento do pedido de impeachment contra a sua gestão à frente da Prefeitura de Manaus.
De acordo com o chefe do Executivo Municipal, a Câmara Municipal de Manaus (CMM) teria recebido um pedido de impeachment contra ele, sem requisitos legais básicos.
O pedido, segundo o mandatário, não está assinado pelo autor (como previsto em lei), endereço residencial apresentado no documento é falso, além de não apresentar provas sobre o que alega contra a administração municipal.
“É um documento apócrifo, não tem assinatura, sem os pressupostos necessários. O endereço fornecido não existe, o cidadão não mora em Manaus. As mesmas pessoas que estavam por trás de um pedido (de impeachment) contra o governador Wilson Lima, lá atrás, são os mesmos de agora. Então é mais para tumultuar (o processo político). Por isso acredito que o destino disso seja o arquivamento”, declarou David Almeida.