Depois de ser banida por Google e Apple, a rede social Parler saiu totalmente do ar devido a uma ação da Amazon, que suspendeu o serviço de hospedagem da empresa.
De acordo com o fundador e CEO do Parler, John Matze, a plataforma pode ficar fora do ar por até uma semana enquanto a empresa busca um novo local de hospedagem.
“Eles tentaram não apenas matar o aplicativo, mas também destruir toda a empresa. E não são apenas essas três empresas”, disse Matze.
Quando o problema de hospedagem for resolvido, a versão web do Parler voltará a funcionar. Assim, será possível criar novas contas e usar a rede social por meio de navegadores instalados em computadores, smartphones e tablets.
A Amazon informou que deixaria de oferecer serviço de armazenamento a partir da noite de domingo (10). A informação foi publicada pelo próprio CEO em uma postagem feita na rede social.
Matze declarou que a ação da Amazon é “uma tentativa de remover completamente a liberdade de expressão na internet”. “Isso foi um ataque coordenado das gigantes da tecnologia para matar a competição”, escreveu o CEO da rede social.
Executivos do Parler disseram ao Wall Street Journal que a empresa dobrou a equipe de moderadores e os instruiu a avaliar se os usuários estão incitando algum tipo de violência. Matze declarou que a rede social está removendo quem viola os termos da rede social.
O aplicativo ficou famoso por reunir grupos de direita. Apoiadores do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assim como bolsonaristas, costumam utilizar a “rede social de direita”, como ficou conhecido.
O Parler ganhou ainda mais notoriedade nos últimos dias por causa de Trump. Ele foi banido do Twitter e suspenso no Facebook e no Instagram. As empresas afirmam que trata-se de uma “resposta” à violência em Washington, capital dos EUA, em 6 de janeiro.
Depois que Trump foi suspenso das redes sociais, o presidente Jair Bolsonaro convidou seus seguidores do Instagram a entrarem no Parler.